terça-feira, 18 de dezembro de 2007

O belo e o feio

A metamorfose tem destas coisas: se Carla ficou mais feia, Nicolas ficou mais bonito. Como diz o povo, "diz-me com quem andas, dir-te-ei quem és..."

segunda-feira, 17 de dezembro de 2007

quarta-feira, 12 de dezembro de 2007

Um país cosmopolita

No Porto mata-se ao tiro. De rajada, de quando em quando. Em lisboa mata-se, meticulosamente, à bomba. De uma forma ou de outra, mata-se. Por instinto, ou por vingança.
Por essas e por outras, é que me dedico, nestes dias de frio, aquecidos à bomba de óleo, a ler a Mancha Humana de Philip Roth. É que, apesar das semelhanças, gostava de estar, por inteiro, num verdadeiro país cosmopolita...

quarta-feira, 5 de dezembro de 2007

Vai...

Apetece-me escrever, escrever sem parar, agruras e amarguras, folias e alegrias.
É uma boa resposta a qualquer que me perguntar.
Vida, ida e vinda, brota, respira, é. Estórias e história, que se tem, aprende:

Acordar, Lavar, Vestir, Escapar,
Dormir, Acalmar, Descansar, Ressoar.

Estudar, Investigar, Perceber, Decorar,
Trabalhar, Receber, Poupar, Gastar.

Conduzir, Chamar, "Stressar”, Pensar,
Esmurrar, Defender, Atacar, Dar.

Estar, Ser, Meditar, Flutuar,
Ler, Pairar, Reflectir, Escrever.

Viver, Respirar, Comer, Realizar.
Sorrir, Conversar, Cantar, Dançar,
Divertir, Vir, Vir-Se, Escutar.
Escolher, Ir, Ir-se, Chegar.

Olhar, Piscar, Pestanejar, Apaixonar,
Amar, Gostar, Sentir, Suspirar,
Abraçar, Aconchegar, Estimar, Respeitar,
Exprimir, Partilhar, Discutir, Brilhar.
Prazer, Beijar, Silenciar, Voar…

Devir, Envelhecer, , Crescer, Gerar.
Correr, Saltar, Acotovelar, Empurrar,
Jogar, Passar, Cabecear, Chutar
Nadar, Mergulhar, Andar, Brincar.

Humilhar, Enganar, Roubar, Escamotear.
Acender, Fumar, Apagar, Matar.
Deitar, Levantar, Beber, Destroçar.

Verbalizar!

Escrever, apetece-me escrever, escrever sem parar e nem hoje, que me apetece fazê-lo sem parar, posso!
Mas a barba também cresce, o cabelo decresce e os cabelos brancos começam a despontar! Então, porque hei-de parar?
Luzidia, a mente, que bons velhos tempos ainda me fazem rir e chorar. Tristezas e securas, ainda venturas e loucuras... Aaaaaaaaaaaaaaah as loucuras!

É uma boa resposta a qualquer que me perguntar.
Só que o amigo não é qualquer:
- Não, não vai definhar nem definhando,
é que esta feliCidade e esta Amargura, vai-nos acompanhando.

Dialéctica

Não me consigo enquadrar na história sem dialéctica.

terça-feira, 4 de dezembro de 2007

Heleen Van Royen




Na "Única" deste sábado lê-se que Heleen Van Royen, conhecida escritora holandesa, optou por viver no Algarve. Lê-se, também, que a mesma escritora foi capa da revista playboy. Vale a pena ler?

definhar

Enquanto este blog definha (o que agrada aos escribas), o mundo avança. Ontem, na dois, às 22.40, passou o melhor episódio dos Sopranos. Não só pela música da cena final, mas, sobretudo, por essa cena com essa música.

gripe

Um gajo só está preparado para uma gripalhada se puder ficar em casa, a ver a Fátima Lopes e afins. É a única forma de poder encarar uma gripe sem dramatismo.
Se, ao invés, tiver de trabalhar, apanhar gente chata e incomodativa, vejo o dia como um buraco negro.

quinta-feira, 29 de novembro de 2007

De quando em quando, uma aventura. Sem graça divina e por pouco tempo. Tal e qual como se a vida se vivesse num dia.
Só? - reclamam os incrédulos.
Sim - afirma o meliante.
Para trás ficarão as lágrimas de quem aceitou o jogo, simulando a ficção.

quarta-feira, 28 de novembro de 2007

um estado de partido único

No mesmo dia em que o seu partido expulsa uma deputada por querer exercer o seu mandato de representação, o Sr. Secretário - Geral reclama com os dois partidos que decidiram repartir as autarquias do país...


sexta-feira, 23 de novembro de 2007

Pessoas estúpidas que me fascinam e fascinantes que considero estúpidas...

quinta-feira, 22 de novembro de 2007

(no dia em que soube que sou tio... pela sétima vez!)

Ontem, num anúnico, inserido num jornal de circunstância: "mulher procura homem para relacionamento sério. 70 anos, mais ou menos."

sexta-feira, 9 de novembro de 2007

velhice

De início era boa. Com a idade, tornou-se comestível.

terça-feira, 30 de outubro de 2007

as vantagens de um personal computer

Se eu pudesse, a home page do meu PC seria esta...

quinta-feira, 25 de outubro de 2007

(em construção)

Vida desvida.

Enxuga essa lágrima, menina.
Que ele não merece,
nem estima,
nem, tampouco, percebe
que a (tua) lua, quiçá vazia,
te protege, mesmo na prece,
de negação peregrina.

Ouve bem, menina.

A persistência,
da lágrima em rima,
sem que seja lambida,
ou mesmo bebida,
desconstrói a sebe
e retira a vida.

terça-feira, 23 de outubro de 2007

Ribeira Negra

Começa hoje, mo Palácio da Alfândega, no porto, a exposição antológica do Mestre Júlio Resende. A não perder...

domingo, 21 de outubro de 2007

reflectindo em Paul Auster

o desejo do alcool é o desejo da morte?

quinta-feira, 18 de outubro de 2007

reflectindo em se...

Se o grau de civilização de um povo se medisse pelo número de gajas boas, Portugal era um país civilizado.
Se as gajas boas - e portuguesas - fossem civilizadas, Portugal era um país civilizado.
Se Portugal fosse um país civilizado, não tinha tanta gaja boa...

terça-feira, 16 de outubro de 2007

Adriano Correia de Oliveira

A saudade não basta, ainda que chegue a sua voz. Não me podia esquecer... daquelas lágrimas que, pela primeira vez, vi na sua cara. Na cara que nunca chorou...

sábado, 13 de outubro de 2007

Uma Verdade

"Todos os cogumelos são comestíveis. Alguns, só uma vez."

terça-feira, 9 de outubro de 2007

Há sempre um reencontro - 40 anos


Ainda há dias, bem no centro de Madrid, entre tapas de cabeça de javali com rocquefort, bebendo vinho de Ribera del Duero, pude apreciar uma inolvidável fotografia de Che, acompanhado de Santiago Carrilho, a ver uma corrida de touros, possivelmente em Las Ventas. Nessa fotografia aparece um Che jovem e um Santiago Carrilho já a envelhecer.
Em 1998 (terá sido?), por causa de um debate com Mário Soares sobre a transição democrática e a revolução de Abril, tive o prazer de conhecer Santiago Carrilho. Mais tarde revi-o em Madrid.
Foi assim, com uma certa emoção, que apreendi nessa fotografia o elixir da eterna juventude: a morte!
Quem não compreende a morte, não percebe o mito. Eu tentei percebê-lo na minha - ainda...- curta vida, sem ter entendido a sua morte.
Foi pena que a conclusão chegasse tão tarde...

segunda-feira, 8 de outubro de 2007

Paula Rego

No fim da exposição, só o silêncio...

sexta-feira, 5 de outubro de 2007

Terá sido há anos...

Para ir ver o impulso que fazia palpitar o seu coração, viajou de comboio...
Como se existisse apenas aquele vagão, entre o passar dos carris, tuc-tuc, tuc-tuc...
Deu-se o encontro... Multicultural.

quarta-feira, 3 de outubro de 2007

3 pontos de fuga

Aprendi que, na vida, devemos encontrar um ponto de fuga. Olhando para a minha, vejo três: Sudão, Birmânia e Afeganistão. Quando, dos que vejo, encontar o evidente, contacto-vos.

terça-feira, 2 de outubro de 2007

Ponto de partida

Este blog, no próximo fim de semana, ruma a Madrid. Entre outras coisas, irá visitar Paula Rego e beber uns copos nas mais diversas tabernas. Muitos, aliás. Exactamente como no fim de semana que decidiu nascer, em Madrid, em Março, do ano da graça de 2007. Veremos se, voltando ao ponto de partida, por aqui continuará. Se seguisse a vontade dos autores, é certo, nunca mais aqui voltava!

sábado, 29 de setembro de 2007

Eleições na Primária



NOTA BEM - Quem se esquecer que foi Menezes o primeiro a aparecer junto de Pinto da Costa após o fim do interrogatório para constituição de arguido, tem falta de memória...

quinta-feira, 27 de setembro de 2007

mistério

Ele, atrevido, continua à procura do amor.
Ela, desprendida, limita-se a querer sexo.

inocente?

A inocência da provocação é a pior das maldades.

segunda-feira, 24 de setembro de 2007

O discípulo e o mestre

- Percorri, com êxito, o caminho que me indicaste.

- Se te limitaste a percorrer esse caminho, deixaste de ser o meu discípulo.


- Mas, Mestre, foste tu que o indicaste!

- Pois fui. Mas era indicativo e errado.


sexta-feira, 21 de setembro de 2007

Espalho

Diz o dizer:
"Cada macaco no seu galho",
seja muito baixo ou muito alto,
só que parte-se, e dá um espalho.

quarta-feira, 19 de setembro de 2007

Aquilino

Aquilino Ribeiro é um dos homens que elevou o pensamento em Portugal. Reduzi-lo à escrita é atar as mãos de um pensador, activista e revolucionário. Mais do que Portugal, Aquilino defendeu um conceito e elevou-o à praxis.

Fez-se justiça!


Ou não fosse de Aquilino a célebre máxima:

""O pior dos crimes é produzir vinho mau, engarrafá-lo e servi-lo aos amigos"...

terça-feira, 18 de setembro de 2007

Viagens

Caminhos que buscam calma
e que inflamam a Alma

tempo

um segundo em desassossego. Para sempre.

Ardeu

Coração que ardeu,

não tem Alma, ou desapareceu.

sexta-feira, 14 de setembro de 2007

(-se)

Passam,
Segundos, Minutos, Horas
Dias, Noites.
Semanas, Meses , Anos,
(-se) pessoas, animais e outros que tais.

quinta-feira, 13 de setembro de 2007

Suspiro...

Infinita, a Alegria, que é a de respirar.

quarta-feira, 12 de setembro de 2007

Um Puto

Cada vez que aparece, luto!
Que raio de destino tem, o Puto (?)

terça-feira, 11 de setembro de 2007

Mexerico Vs Curiosidade

Entre o mexerico e a curiosidade vai uma grande distância e outra muito curta:

- De quem é isso?
Vs
- O que é?
Duas perguntas que podem diferenciar dois Seres, ou não.
uma menina descalça,
dança uma valsa.

um menino artista,
lança-lhe a pista.

um pai ausente,
às vezes presente...

segunda-feira, 10 de setembro de 2007

O silêncio

Há algo que deve, acima de tudo, ocupar o cérebro de quem pensa: é no silêncio dos gabinetes que se resolvem as investigações criminais?

Nas ruas da amargura

Com tanta polícia, com tanta investigação criminal, os direitos fundamentais caem nas ruas da amargura.

sábado, 8 de setembro de 2007

Para quê...?



Ontem deram-me conta de um facto, no mínimo, curioso:

Em cada ano são 2 milhões...

Repare-se, 2.000.000 de cadeados vendidos/ano em Portugal! Mas o que é isto?!

... E para quê?!? Por favor! Alguém me explique... Para quê?!


- Será que os portugueses têm assim tantos tesouros por proteger?
- Será que têm medo que lhes tirem alguma coisa?
- Será que, por simplesmente tê-los, sentem-se seguros?
- Será que um cadeado made in China guarda tesouros de chinês, tipo um bago de arroz da melhor colheita de sempre desde 1907?
- Será que têm uma tara por cadeados?
- Será que há por aí um granda maluco cheio deles?
- Será que são de baixa qualidade, e têm de renovar o stock de cadeados (seja porque motivo for)?
- Será que usam cadeados como piercing?
- Será que, afinal, todas as mulheres usam cinto de castidade com um destes cadeados?

De todo o feitio, de todas as cores, grandes, médios e pequenos...

Em 30 anos, 60.000.000... Se persistirem, cada um de nós tem 6 cadeados!

... E para quê?!

domingo, 2 de setembro de 2007

?!

Alguém me disse:

- "Viajei num comboio fantasma."
- "?!"
- "Quando cheguei ao destino, saí. E quem estava à minha espera não me via!"
- "?!"

quinta-feira, 23 de agosto de 2007

Fumar Previne...?

Dei comigo a pensar:
A maioria daquele que não fuma, tem apetência (quase) congénita para pegar no lume daquele que fuma. E porquê? Por experiência adquirida é, normalmente, apenas para acender, para pegar fogo a um guardanapo, alguns audazes para malabarismos com álcool, enfim ,coisas que, à partida, não deveremos dar demasiada importância.

(desenvolvi o raciocínio)

Recorro às minhas memórias de pré-adolescente:
- Recordo quem fizesse desenhos com álcool etílico, largava fogo e depois ficasse pasmado, a olhar..., repetindo a dose várias vezes.
- Outro gastava um tubo de UHU, pegava fogo, e admiradíssimo via aquilo a borbulhar...
- Alguns faziam fogueiras com 2 metros de altura no quintal dos avós, só porque queriam assar um chouriço, diziam precisar de brasas;
- Quem mandasse pilhas para a lareira a ver se estouravam;
- Isto para não falar em bombinhas de carnaval.

Tudo isto foi presente quando ninguém fumava, excepto para quem? Exactamente! Para a maioria daqueles que não fumam, que continuaram.
Os que começaram a fumar, saciam o fascínio de atear qualquer coisa, com o simples acto de acender o cigarro, várias vezes, num simples gesto. E o que acontece àqueles que guardam esse desejo (escondido) por largos períodos? Hein?!

Ora, posto isto, deu-me para concluir em jeito de pergunta:

Fumar Previne a Piromania(?)

quarta-feira, 22 de agosto de 2007

Por mais inteligente que uma pessoa seja, consegue entrar sempre na estupidez.

terça-feira, 31 de julho de 2007

terça-feira, 24 de julho de 2007

negro, como a noite

Ontem vi um programa sobre a escravatura no Níger. A páginas tantas surge um negro. Ex-escravo, neo-humano. Lamenta-se da sua condição. Livre nada sabe. Preferia os tempos idos.
A condição humana é profícua em situações de desentendimento quanto à essência da mesma. Mas não devia admitir confusões: o homem deve ser algo mais do que a própria circunstância.

segunda-feira, 23 de julho de 2007

lugar

No meio do mundo, perto do mar.

quinta-feira, 19 de julho de 2007

Ordem

Há uma distinção entre uma ordem moral "moral" e uma ordem normativa "normativa".
É possível estabelecer um paralelismo entre a ordem social e a ordem ética.
Torna-se urgente sobreviver à ditadura da democracia.
Se há vida para além da morte, desconheço. Sei, apenas, que vai ser difícil ultrapassar a catástrofe social que nos atormenta. Se o fizermos, ganhámos uma civilização avançada. Se perdermos, se perdermos, se perdermos...

sexta-feira, 13 de julho de 2007

ele era um tarzan sentimental

ela é a jane acidental.

castanhinho

Leio, no televisor do metro, que o "bronzeado cria dependência". O meu?

quarta-feira, 11 de julho de 2007

il mondo

construo um muro de seixos.

que vão e não voltam.

destruo um mundo sem eixos.

que não permitem a revolta.

ambiciono a destruição.

de uma terra ao abandono.

não aceito a ilusão.

dos seixos sem retorno.

porra!

um dia na praia

Hei-de sorrir ao ver o mar.

Mesmo que não te veja,

vejo o mar.

E chega!

namorada

Tenho um amigo que, sem a ter, enamora-se. Hoje encontrei-o, de esquina, enamorado. Sem mais, refugiei-me, refugiando-o. Depois, pouco tempo depois, lá veio de sussurro em sussurro: "esta já cá estava há muito tempo..."
Sem namorada, mas enamorado, o Mestre caminha imaginando o seu mundo.

Momentos que valem uma vida

Conseguir mesa ao lado dos músicos de Buena Vista, jantando num belo fim de tarde em Mafra, ali bem junto ao Convento, não era tudo. Precisava de mais. Precisava, a bem da verdade, de um concerto que reconfortasse a alma.
Foi o que sucedeu. De ritmo lento, em ritmo apertado, com sensualidade e dança, o concerto de Buena Vista Social Club, ontem, no Jardim do Cerco, em Mafra, marca um ponto de viragem na minha relação de altos e baixos com o grupo que passou de marginal em Cuba a grupo do mundo, no Mundo.
A evolução para ritmos mais associados ao Jazz comercial não é tudo - o que me desgosta, aliás. A palteia transversal e lenta também não. O que me surpreendeu foi a coragem e a vontade de, contra a maioria do público sentado, terem conseguido que aquela gente dançasse. Foi obra!

terça-feira, 10 de julho de 2007

O erro!

Não me queixei da leitura, por aqui, ser pouca. Queixo-me de não ter tempo para ler mais. E, ainda assim, vou tentando. Em breve, talvez amanhã, prometo novidades...

segunda-feira, 9 de julho de 2007

Sem leitores

o que se faz por aqui, quando a leitura é pouca. Tenta-se? Sim e com gosto...

segunda-feira, 2 de julho de 2007

um gelado de baunilha, por favor...

Quem não se delicia, em qualquer época do ano, com um gelado, não conhece o verdadeiro prazer da guloseima. Compreendo toda a resposta não. Não compreendo o não ao gelado. Seja de baunilha, morango ou chocolate.
Não posso, assim, deixar de recordar Turim, quando, em pleno mês de Agosto, me deliciei com um gelado nas arcadas. Ou em Roma, ou em Milão, ou em Veneza, ou em Lisboa, na Rua da Prata, ou na Figueira, ou em tantos outros sítios que têm gelados memoráveis.
Recordo-me disto enquanto revejo, de cor, imagens do Feios, Porcos e Maus. Não percebo porquê...
Aquele não era o meu tipo de lágrima. Embora não fosse falsa, parecia. E no choro, o que parece é.

Quando e quando

De quando em quando encontramos quem nos quer por bem. E revivemos tempos que, por falta de audácia, não vivemos juntos. Mas há sempre um abraço e uma palavra de gente, para gente. Ainda mais se é boa gente...
Este é dos tais, que parte, sem mais, para a fila da direita, sem o ser. Apenas porque a lei dos blogs assim o obriga... Fica, é certo, com o left entre vizinhos, sendo-o.
A resposta? Está, com tempo e a seu tempo, garantida.
Por ora, outra palavra: um fim de semana de ida, vinda, ida e vinda ao Carvalhal, mostra que Portugal ainda é um sítio. Mesmo que tenha perdido o resto, em vão e no hóquei, mantém um traço em comum com o de outros tempos (umas vezes, poucas, melhores, a maior parte das vezes...). Mar, sol, peixe e o Alentejo em movimento, ainda que parado. Assim, tal e qual a gente gosta!

terça-feira, 26 de junho de 2007

ilusão

Quando a cidade tem asas, voando, deixa a amargura?

terça-feira, 19 de junho de 2007

um, dois, três...

Mais mistério, menos mistério, o ar passou a ser pesado. Tão pesado que o oxigénio se tornou irrespirável e a asfixia causa de morte. Não fosse no outro universo, no paralelo, haver vida, a mesma vida..., aqueles homens e mulheres tinham sucumbido ao peso do ar. Tão só porque, durtante um instante, a mulher amou o homem e Eles tiveram ciúmes...

segunda-feira, 18 de junho de 2007

A medo

Posso? Sim. Porque não? Porquê? Tu sabes. Deixa-te de merdas. Não. Tu sabes. Está bem, eu sei, mas o que é que isso tem a ver com o caso? Tudo. Posso? Sim. Porque não?

quinta-feira, 14 de junho de 2007

Enquanto ela se despia, fiquei impávido, puxei de um cigarro e bebi um trago mais. Depois, já nua, limitei-me a esperar. Ao cabo e ao resto, aqui, não te posso tocar...

quarta-feira, 13 de junho de 2007

um dia na cidade

De volta à cidade, lembro-me que nunca a deixei.

terça-feira, 5 de junho de 2007

às vezes...

O mais difícil de aguentar numa discussão não é o compromisso com a dialéctica. É a casmurrice de quem sabe que não tem razão e perpetua o argumento óbvio e falacioso, sabendo que o outro não pode responder devido a telhados de vidro...

sábado, 2 de junho de 2007

sexta-feira, 1 de junho de 2007

Amargura

uma lágrima
de cor celeste.

não se enxuga,
parece peste...

nem se limpa,
com essa veste.

terça-feira, 29 de maio de 2007

Nunca
Vi o mar.

Içado
na preguiça
da conquista,
rejeitei ver,
procurei rejeitar.

Ai, nunca
Vi o mar!

Num País
Perdido no mar,
Encontrei,
Perdido,
O vento
Do …. Mar.

Tentei perguntar:
“ O mar?”

e o vento,
qual amante sem destino,
num assombro também em busca,
sussurrou:
“o mar…”

Desisti
De procurar.

segunda-feira, 28 de maio de 2007

Ausente

A feira é mais do que um livro. Mesmo sendo a feira do livro. Sempre, desde pequeno, presente, ausentei-me durante um curto período. Por uma simples razão: a censura camarária a Fausto, o grande cantor da música popular portuguesa. Este ano, sem Câmara, e quando no país se respira uma atmosfera pesada, poderei voltar à minha feira. Como sempre, como dantes...

sexta-feira, 25 de maio de 2007

domingo, 20 de maio de 2007

Como Antigamente

À antiga, como deve ser
Escrito e descrito como se sente.
Palavras não têm valor sem ler,
Alma não vê e não mente.

Crê-se, fé e querer,
O Mundo... Descoberto e inocente
Vivos, puros. O Ser.
Explicações, alcançar a mente.

Tristezas, Alegrias... Viver.
Razão, amiga do amor dormente,
Disputas interiores, sonhos para ter,
Através do vento a paixão, de antigamente.

sábado, 19 de maio de 2007

A luz

- Vi a luz... Sim, eu vi-a!
- Como era?
- Como sempre foi.

Noite

Na escuridão, descubro o soar da manhã
Com o último trago da sede.

quinta-feira, 17 de maio de 2007

Uma montagem de mulher

Era... Como vou explicar?

Bom, era como nunca foi...

Vi como nunca vi...
Escutei como nunca escutei...
Senti como nunca senti...
Viajei como nunca viajei...
Bebi como nunca bebi...
Sonhei como nunca sonhei...


Bom, era como nunca foi...

Uma montagem... De mulher!

quarta-feira, 16 de maio de 2007

Teimei em adiar o impossível, antevendo as probabilidades. Sei - acredita que continuo a saber - o que pensas, sem saber o que pensar.

quinta-feira, 10 de maio de 2007

Um chega...

Há três sonhos - sonhos, sonhos mesmo...- que acompanham o meu sono. Periodicamente, mas sem sistema. Prejudicam o sossego, mas alimentam a imaginação.
É, no entanto, curioso saber que tu, antes de existires, já pertencias a um deles. Sem saber que o eras, já o foste. Sabendo que te encontrava, nunca saberia que eras tu.

segunda-feira, 7 de maio de 2007

Num sonho meu
Há tonturas,
Alegrias e agonias.

Há amargura,
Loucura e exaustão.

Há o que é meu e mais puro:
Há um sonho de dor,
Que nunca será um pesadelo.

Num sonho meu,
Há amor.

Num sonho meu,
Há ilusão e um palhaço com um tambor.

Num sonho meu,
Vejo o funeral
Que, no essencial,
Sou eu.

Num sonho meu,
Mesmo no fim,
mando eu,
Até acordar
e, por loucura,
ser internado
ou enterrado.

Num sonho meu,
Aparecem os amigos,
Para beberem,
Como sempre,
O penúltimo copo…

energia

Quando deixaste de ser a fonte de energia?

O sol e os maus dias

...apesar do dia de Sol, respira-se pior no mundo...

sábado, 5 de maio de 2007

Adeus...

Nunca me preparo para um derradeiro adeus...

Adeus...

Nunca me preparo para um derradeiro adeus...

quinta-feira, 3 de maio de 2007

Viagra

...tomava viagra para se masturbar...

sábado, 28 de abril de 2007

Passei a mão na tua coxa… eriçaste-te! Foi irresistível beijar a curva perfeita do teu pescoço e, ao mesmo tempo, um toque subtil a arrepiar o elegante corpo…

sexta-feira, 27 de abril de 2007

Mas que Raio!

Seduzido franzi o olho esquerdo e disse:
-Mas que raio! Afinal que me fizeste tu?! - Estremeci.
Voltei a respirar... Adormeci, não fomos sem destino, apenas ficámos... No silêncio.

Sexta-Feira

O melhor dia da semana é a sexta-feira. Não por causa do fim-de-semana, mas porque antecipa a longa noite...

quinta-feira, 26 de abril de 2007

Não digas nada

A tua voz aveludada pode entrar em mim,
Suavemente, percorrer o meu corpo...
Arrepiar-me. Tocar-me no coração.

Levo-te

Vi-te, subitamente, pelo canto do olho...
Deslumbraste-me!
Senti o teu aroma...
Viciei-me!
Em cada sonho levo-te, sem querer saber para onde...
Levo-te!
Nunca pensei que o Sol te acompanhasse.

terça-feira, 24 de abril de 2007

Cada vez que dizes não, penso que é mesmo não. Sabendo, muitas vezes, que é sim...

domingo, 22 de abril de 2007

Um dia, acredito, há-de nascer quem me compreenda.

sexta-feira, 20 de abril de 2007

Desvario


Na Cidade e na Amargura,
Acontecidos num relâmpago.
Olvidados! Por ela, sem doçura,
Doídos e violados no âmago.

Desviados da efeméride, sós,
Única amizade, um desvario…
Barbas brancas como dos avós
De um saber e de um vadio!

Caminhos enviesados de calçada,
Percorridos com astúcia, acuidade.
A esquina e contra esquina empedrada
Vamos! É esta a nossa felicidade…

quinta-feira, 19 de abril de 2007


As portas fecharam-se. Nem todas ao mesmo tempo, nem ao mesmo ritmo. Mas fecharam-se e deixaram-no como de início, como sempre: isolado. Sem saber como se renovar, limitou-se a observar a partida do destino. Com ironia, mas com tristeza e angústia.
Sabia, no fim, que o futuro seria viver do passado. Esperou algum tempo e foi-se...

terça-feira, 17 de abril de 2007

Aquele caminho...

Por mais anos que viva, aquele caminho de ilusão não me sai da cabeça... Nem as pedras que atiraste.
Até que ponto é que aquelas eram as tuas palavras?

sexta-feira, 13 de abril de 2007

O´Neill

Hoje acordei a pensar nos teus seios. Só agora sei, mas, por certo, eram os teus...

quinta-feira, 12 de abril de 2007

Vale a pena!

Ontem assisti a um concerto notável: Panda Bear no B.Leza. Se puderem, ouçam que vale a pena.

quarta-feira, 11 de abril de 2007

(em formação)

Espúrio

A vida que levo é espúria
O funeral que pressinto, breve,
As mulheres que deixo em fúria,
Aparecerão ao de leve.

terça-feira, 10 de abril de 2007

Um Ano

Há um ano descobri, no meu trilho, mulas que têm de ser montadas de cavalo em cavalo. Empedernidas e despojadas, buscam a improbabilidade de procriar.
Desiludidas continuam vivas, de montaria em montaria, frustração após frustração.
Desanuladas...

é simples

Olhei e vi-te de lado. Não resisti: abordei-te, paguei a tua conta e levei-te para casa.
Passaste a ser minha.

segunda-feira, 9 de abril de 2007

quinta-feira, 5 de abril de 2007

Mal... Muito... E Bem...

... Amado.

Longevidade

Prlim, Pim,
Fim...

SóS?

Lágrimas caídas num caminho sem fundo...
Quem as apanha no rio se caminhamos SóS?

Possível

O escrito é uma possível verdade...
... O dito é uma possível mentira.

SIM

Julguei... SIM julguei!
Mal, mas fi-lo, a última gota,
inesperadamente, sobre ti esgotou-se.
Afinal... Afinal, SIM, sempre me desiludiste

terça-feira, 3 de abril de 2007

Madura

Não precisavas de ter sido cruel. Se entendesses o que te quis dizer, percebias que o que não dá para evitar, não é evitável.
Mesmo que soubesses que não dava, que nunca dormirias sossegada, ou que ele perceberia, podias ter evitado o que querias evitar...

segunda-feira, 2 de abril de 2007

Audaz, levantei a sua saia...
Era Nazarena.
Caminho entre iguais,
Sobranceiro como sempre.

Evito os demais,
Por enjoo na mente.

Radico na igualdade
A liberdade decente.

Sou, na verdade, um puro doente
Demente e descrente
Que algum dia a verdade
Descubra a gente
E lhe tire a corrente.
Escusavas de ter olhado de soslaio, como se pedisses o que queres. Não era dia, nem hora. O ambiente estava sombrio e a música soava a falso.
Ainda assim, não resisti: levantei-me e abandonei o barco.

domingo, 1 de abril de 2007

6 Horas

Inesperadamente, um desvio no olhar,
harmonizadas, as vozes, num sorriso lindo.
Plenos da sensação abrupta, de arrepiar
o sangue agitado, dum pressentimento vindo.

Augúrios temerosos, capazes de hesitar
e dispersar, no vazio, o Ser caindo.
Cristalina, singular, sem lacrimejar.
Insurrecto, pela amizade e sentido findo!

sábado, 31 de março de 2007

Um poeta fraco
Quando não bebe,
Que bêbado,
Não produz…

Um frustrado
Quando bebe,
Que quando não bebe
Se torna infeliz…

Enfim,
Que beba
Até morrer,
Mas que produza
Depois de beber!

Silêncio

Ela entrou e cantou o fado. O público, no fim, não aplaudiu; limitou-se a chorar.

Resistir...

Não consigo resistir ao teu olhar triste, quando te sentes como uma menina perdida...

Puto

Dói a dor despedida,
segundo eterno ido num minuto.
Tamanha espera, desvanecida,
imenso o sentimento... O Puto.

Antes

Gémeas almas à nascença separadas,
Dor inconsciente que persegue um rastro.
Saber de paixões desconcertadas,
Esperas, um futuro indefinido e vasto...

Perdidos, confusos no incerto,
por medos de sofrimentos maiores,
de intelectos receosos, ouvem-se perto
a busca de problemas menores.

sexta-feira, 30 de março de 2007

No sentido contrário, ao olhar...
-Onde se senta?
-Ao fundo, na mesa do canto, de costas para a sala.
Muito tempo depois, ainda escrevia.

Quando a casa encerrou, passou por ela, tocou-lhe, ao de leve, e deu-lhe o poema. Duas frases soltas e horas, horas de espera…

...A Outra Dimensão

...Captou os olhares e hipnotizou a atenção, levando-os
a outra dimensão, da perturbação: "Devo olhar... mais?!"
O magnetismo era poderoso, dizia: "Somos como animais!"
Ganham corpo, substância... silêncio! Aliviando-os.

Boa noite...

- Por favor, são 8 euros e esta noite há um concerto de jazz.
- Que bom, já estava com saudades.
- Pois, o senhor sabe que jazz é jazz e paga-se.
- Ok.
(eis que passa um cliente, com cara de poucos amigos, e diz:
- Jazz? Isto não é jazz. Por favor, não diga que é jazz!)
Entramos para dentro do espaço. 4. As opiniões dividem-se. Jazz. Não Jazz.
Ao fim e ao cabo, o que é o jazz comparado com a tua presença?
Manténs-te firme e inderrogável. Concentras, evidentemente, a atenção dos 3 homens que te acompanham. Tiras os óculos, esticas o cabelo, fazes cara de menina e perguntas: tenho, ou não tenho, cara de menina?
Sim, repito, para quê o jazz?

quinta-feira, 29 de março de 2007

Finito Vs. Infinito

Com o fim do Mundo posso eu bem… mas e tu, onde é que tu estás?

Botão

Sentei-me de frente. Estavas ao fundo a conversar com ele. Quando me sentiste, olhaste de soslaio, sorrindo. Terá pensado que era para si?
Não me intimidei e pedi o de sempre. Com gelo e água do castelo.
Escusavas, apenas, de ter desapertado o botão...

Primavera

Sentado, senti uma voluptuosidade. A Primavera alastrou-se, de mim apoderou-se.
Olhei e recordei o vestido fino, colorido, que ganhava forma nessa curva que te conferia um carácter sublime... Arrepio-me.
A mescla de inverosimilhantes impressões dum contacto, garantem a essência e substância da minha inspiração... Ofegante.
Desenhei o teu traço, de olhos cerrados, despertou-me sentidos outrora perdidos... Vivo!

Panorâmico

Subi, subi, subi... Quando cheguei ao cimo não te vi.
Voltei a descer.

quarta-feira, 28 de março de 2007

Desinfinito!

Alma escondida num recanto
faz o tempo deslembrar o encanto.
Ido anseio por saciar,
de remar, no infinito do mar...

Anos

Muitos anos depois, aqueles olhos ainda me fazem hesitar...

terça-feira, 27 de março de 2007

Transgénico é o Limão

A deambular sobre grãos de areia, ardentes!
Pessoas ressequidas, vivas
em vales e almas, males.
Sobre vãos, apoios e chãos de
calçadas encobertas, desviadas.
Um novelo d´ estórias de cotovelo,
com dor, amargura doce de sabor.
É uma dança da vingança,
Vivo... Transgénico!
Indica-me,
Por favor,
As coordenadas
Do amor.

Cansado de tanto esperar

O tempo não lhe apontava qualquer caminho. Ela, ainda que soubesse o que era, também não se incomodava: aquelas curtas horas bastavam para ser feliz. Fosse isso o que fosse...

segunda-feira, 26 de março de 2007

Velho

A viória de Salazar no programa "os gandes portugueses", foi a pior coisa que podia ter acontecido aos salazaristas: transformou a surdina numa questão de Estado. E isso, para uma ideologia que vive em segredo, foi o pior dos males...

Em último lugar

Sabia para onde ia. Ainda assim seguiu em frente, sem que a consciência se tornasse um fardo.


Águas de Bacalhau

Há bacalhau e bacalhau,
há do bom, e também o há mau.
Há o da Noruega e o do Canadá,
habita aquém, mas aflui para cá.

Em salmoura, seco e balsâmico,
chega-nos do Norte Atlântico.
Há do alto e há do baixo,
1001 Maneiras em Portugal, acho!

Uns gostam, outros não,
já p’ra mim é uma tentação!
Lagareiro, Gomes de Sá, ou Com Todos,
comemos Bacalhau a rodos.

Rumo

Aquelas botas marcaram várias gerações.

sexta-feira, 23 de março de 2007

O Ruído e o Som

Descabido, pelas vozes altas de jumentos,
e lambido numa noite de securas.
Pleno da cidade, como das amarguras,
luzidio, o dia, disfarçado em tormentos.

Sem saber por onde ir?

Limitava-se a ser suave: despia, se assim se pode dizer, a meia alta com elegância, dobrando primeiro as pontas.
Repetiu o gesto. Ontem e hoje.
Não sabia se era bonita ou feia. Mas tinha uma convicção: era elegante.
No meio, a verdade retratada. Sem saber, construiu um mito e não conseguiu conviver com isso. Qual o caminho a seguir?

quinta-feira, 22 de março de 2007

9 meses de Inverno, 3 meses de Inferno...

Ela disse que o amava. Ele limitou-se a sorrir. Viveram juntos até morrer.

quarta-feira, 21 de março de 2007

Caminho aberto

Viro costas a caminhos abertos. Com desgosto, mas como se fosse uma reacção natural.

terça-feira, 20 de março de 2007

Castanhas

Na infância foram o castanho do Outono. Hoje surgem diariamente. Na Rua Augusta ou no Estádio da Luz, na Primavera, Verão ou Inverno. Perdendo o encanto, ganham em protecção - o frio de Março deixa de ser o mesmo.

segunda-feira, 19 de março de 2007

o fim

Dois amigos que se juntam. Na cidade, algumas vezes com amargura. Estaremos por aqui, sem andar por aí, sem tristeza nem alegria.
Em breve...