terça-feira, 31 de julho de 2007

terça-feira, 24 de julho de 2007

negro, como a noite

Ontem vi um programa sobre a escravatura no Níger. A páginas tantas surge um negro. Ex-escravo, neo-humano. Lamenta-se da sua condição. Livre nada sabe. Preferia os tempos idos.
A condição humana é profícua em situações de desentendimento quanto à essência da mesma. Mas não devia admitir confusões: o homem deve ser algo mais do que a própria circunstância.

segunda-feira, 23 de julho de 2007

lugar

No meio do mundo, perto do mar.

quinta-feira, 19 de julho de 2007

Ordem

Há uma distinção entre uma ordem moral "moral" e uma ordem normativa "normativa".
É possível estabelecer um paralelismo entre a ordem social e a ordem ética.
Torna-se urgente sobreviver à ditadura da democracia.
Se há vida para além da morte, desconheço. Sei, apenas, que vai ser difícil ultrapassar a catástrofe social que nos atormenta. Se o fizermos, ganhámos uma civilização avançada. Se perdermos, se perdermos, se perdermos...

sexta-feira, 13 de julho de 2007

ele era um tarzan sentimental

ela é a jane acidental.

castanhinho

Leio, no televisor do metro, que o "bronzeado cria dependência". O meu?

quarta-feira, 11 de julho de 2007

il mondo

construo um muro de seixos.

que vão e não voltam.

destruo um mundo sem eixos.

que não permitem a revolta.

ambiciono a destruição.

de uma terra ao abandono.

não aceito a ilusão.

dos seixos sem retorno.

porra!

um dia na praia

Hei-de sorrir ao ver o mar.

Mesmo que não te veja,

vejo o mar.

E chega!

namorada

Tenho um amigo que, sem a ter, enamora-se. Hoje encontrei-o, de esquina, enamorado. Sem mais, refugiei-me, refugiando-o. Depois, pouco tempo depois, lá veio de sussurro em sussurro: "esta já cá estava há muito tempo..."
Sem namorada, mas enamorado, o Mestre caminha imaginando o seu mundo.

Momentos que valem uma vida

Conseguir mesa ao lado dos músicos de Buena Vista, jantando num belo fim de tarde em Mafra, ali bem junto ao Convento, não era tudo. Precisava de mais. Precisava, a bem da verdade, de um concerto que reconfortasse a alma.
Foi o que sucedeu. De ritmo lento, em ritmo apertado, com sensualidade e dança, o concerto de Buena Vista Social Club, ontem, no Jardim do Cerco, em Mafra, marca um ponto de viragem na minha relação de altos e baixos com o grupo que passou de marginal em Cuba a grupo do mundo, no Mundo.
A evolução para ritmos mais associados ao Jazz comercial não é tudo - o que me desgosta, aliás. A palteia transversal e lenta também não. O que me surpreendeu foi a coragem e a vontade de, contra a maioria do público sentado, terem conseguido que aquela gente dançasse. Foi obra!

terça-feira, 10 de julho de 2007

O erro!

Não me queixei da leitura, por aqui, ser pouca. Queixo-me de não ter tempo para ler mais. E, ainda assim, vou tentando. Em breve, talvez amanhã, prometo novidades...

segunda-feira, 9 de julho de 2007

Sem leitores

o que se faz por aqui, quando a leitura é pouca. Tenta-se? Sim e com gosto...

segunda-feira, 2 de julho de 2007

um gelado de baunilha, por favor...

Quem não se delicia, em qualquer época do ano, com um gelado, não conhece o verdadeiro prazer da guloseima. Compreendo toda a resposta não. Não compreendo o não ao gelado. Seja de baunilha, morango ou chocolate.
Não posso, assim, deixar de recordar Turim, quando, em pleno mês de Agosto, me deliciei com um gelado nas arcadas. Ou em Roma, ou em Milão, ou em Veneza, ou em Lisboa, na Rua da Prata, ou na Figueira, ou em tantos outros sítios que têm gelados memoráveis.
Recordo-me disto enquanto revejo, de cor, imagens do Feios, Porcos e Maus. Não percebo porquê...
Aquele não era o meu tipo de lágrima. Embora não fosse falsa, parecia. E no choro, o que parece é.

Quando e quando

De quando em quando encontramos quem nos quer por bem. E revivemos tempos que, por falta de audácia, não vivemos juntos. Mas há sempre um abraço e uma palavra de gente, para gente. Ainda mais se é boa gente...
Este é dos tais, que parte, sem mais, para a fila da direita, sem o ser. Apenas porque a lei dos blogs assim o obriga... Fica, é certo, com o left entre vizinhos, sendo-o.
A resposta? Está, com tempo e a seu tempo, garantida.
Por ora, outra palavra: um fim de semana de ida, vinda, ida e vinda ao Carvalhal, mostra que Portugal ainda é um sítio. Mesmo que tenha perdido o resto, em vão e no hóquei, mantém um traço em comum com o de outros tempos (umas vezes, poucas, melhores, a maior parte das vezes...). Mar, sol, peixe e o Alentejo em movimento, ainda que parado. Assim, tal e qual a gente gosta!